10 de dez. de 2007
Natal
Para mim, as muitas tradições que estão associadas ao Natal, em nossa sociedade, são uma alegria. Todas estas tradições se combinam para fazer do Natal uma época feliz, uma época na qual, geralmente, nos encontramos mais festivos, mais generosos e mais benevolentes. Não sou, de forma alguma, uma daquelas vozes que exigem a remoção desses prazeres do Natal, sob a alegação de que têm origem pagã. Todavia, esses prazeres não causam danos à fé e são fonte de grande satisfação e alegria.
Certamente, o significado do que chamamos “Natal” é muito mais profundo do que qualquer dessas coisas. É a celebração do nascimento de Jesus em Belém. É a história de José, da virgem Maria, do menino Jesus, dos Pastores e dos Magos – e de Herodes também – É uma história familiar para a maioria dos cristãos. É algo muito lindo, pois nunca na história houve outra virgem que concebesse e desse à luz uma criança! É, assim, um evento verdadeiramente extraordinário!
Mas ainda assim, o significado do Natal é mais profundo do que isto. O mais extraordinário é que: O nascimento de Jesus não foi o principio da sua existência! Em outras palavras, Sua origem não está, de forma alguma, relacionada ao Seu nascimento.
Se isso é um pouco difícil de entender, não se sinta sozinho. Mas isso é, precisamente, o que as Escrituras nos dizem. De fato, houve um profeta em Israel, por nome Miquéias, que disse que aquele que nasceria em Belém era um “cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Ou seja, Ele veio da eternidade para entrar no tempo.
Claramente, esta linguagem é completamente inapropriada com referência a qualquer ser humano comum. O profeta Miquéias estava, muito enfaticamente, afirmando o fato de que Jesus não era meramente um homem: Ele é Deus. Ele é Deus tornado homem.
Este, e nada menos do que isso, é o significado do Natal. É mais do que uma história de um bebê. É a história de como o Deus eterno se tornou um bebê!
Este é um evento único na história, tão significante que mudamos nosso calendário por causa dele – Antes de Cristo (a.C.) e Depois de Cristo (d.C.). E é assim mesmo que deveria ser. Toda a história até este ponto estava em antecipação do evento. Desde o tempo quando o homem caiu em pecado e se arruinou no paraíso, a promessa estava aguardando o cumprimento. A promessa foi primeiramente feita a Adão e Eva – alguém da “semente da mulher” viria e destruiria o tentador. Tal promessa foi dada a Abraão – em alguém de sua semente “todo o mundo será abençoado”. Foi dada, novamente, a Davi, o maior Rei de Israel – seu “maior filho” prosperará em paz em seu trono para sempre. E era na antecipação dessa própria promessa que todo o povo de Deus vivia.
Assim, a própria história está centrada nAquele que finalmente veio à Belém. Ele era o cumprimento das antigas esperanças de Israel.
Uma pergunta, entretanto, permanece: “Por quê?” “Por que, em nome da razão, o Deus eterno se tornaria um homem?”
A resposta, novamente, é encontrada nas próprias promessas: Ele veio para ser o Libertador, nosso Libertador do pecado.
A justiça de Deus requer que o pecado seja punido em todas as Suas criaturas. E a punição é a morte. Assim, deixados à nossa própria conta, devemos morrer – física, espiritual e eternamente. Não há escapatória – somos incapazes de nos salvar.
O que precisamos, então, é de um Salvador – alguém que esteja disposto a morrer em nosso lugar. Além disso, alguém que seja sem pecado, e Ele mesmo não merecedor da morte. Mas somente Deus é sem pecado – e Ele não pode morrer! Isto é, a menos que se torne um de nós.
Este é precisamente o resto da história. Em Belém, Deus se tornou homem para morrer na cruz pelos homens, sofrendo o castigo pelos seus pecados. Em assim fazendo, Ele se tornou nosso Salvador. Ele veio sofrer a condenação da Sua própria lei, a lei que nos condenava.
O Natal, então, marca um evento significante no calendário do Deus da redenção. Ele prometeu salvar, e o Natal foi o cumprimento dessa promessa.
Tudo isto é resumido naquelas palavras familiares de João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Não, nós não temos nada contra as tradições, de forma alguma. Mas os pensamentos que enchem os nossos corações são estes: O Natal é a maior história de amor jamais contada. É a história do maior amor já dado. E é a história do maior Dom – o Senhor Jesus Cristo, nosso Redentor e Salvador.
Fred G. Zaspel
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