27 de out. de 2008
Uma Reclamação Que Nunca Ninguém Fez
Você já ouviu alguém dizer que recebeu Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor e que está insatisfeito?
A maioria das pessoas fica aborrecida quando gasta um bom dinheiro para comprar algum produto que depois não funciona conforme anunciado — ou funciona bem por alguns dias e quebra em seguida. Fazemos compras com a expectativa razoável de que os produtos funcionarão corretamente e terão uma vida útil coerente com o preço. Mas as coisas que são relativamente baratas e de má qualidade, normalmente, não nos irritam tanto quando deixam de funcionar, porque compreendemos que elas não são fabricadas para durarem muito.
Assim, duvido muito que haja alguém que esteja lendo este artigo que nunca teve de devolver um produto e solicitar a devolução do dinheiro — ou, no mínimo, quis fazer isso. A "Lei de Murphy" diz que se alguma coisa pode dar errado — então dará errado — e, para muitos de nós, parece que Murphy é um parente próximo. Entretanto, embora seja verdade que algumas pessoas consigam destruir uma bigorna cromada usando um martelo de borracha, na maior parte das vezes, o problema está no próprio produto. Felizmente, a maioria das lojas, hoje, concorda em substituir um item defeituoso, ou devolver o dinheiro sem criar muitas dificuldades para o cliente.
Portanto, como é um fato que as garantias dos produtos são necessárias porque as coisas quebram, ou deixam de funcionar adequadamente, você não concorda que algo que oferece 100% de satisfação deva receber a atenção das pessoas?
Devido à nossa natureza caída e pecaminosa, os cristãos expressam insatisfação com todos os tipos de coisas, tanto reais quanto imaginárias. Vemos defeitos com aqueles que aderem a posições doutrinárias diferentes, com as filiações denominacionais, com as situações nas igrejas, com os pastores, e uns com os outros — apenas para mencionar algumas situações! Mas eu nunca soube, ou ouvir dizer, que alguém tenha expressado desapontamento com Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador. Você já? Ah, já conheci algumas pessoas que, em sua ignorância, ficaram aborrecidas porque pensaram que Jesus Cristo iria fazê-las enriquecer, e isso não aconteceu! Ou outras que tolamente tentaram acusá-Lo, quando um ente querido morreu — porém, tanto quanto eu saiba, nunca houve um único indivíduo que tenha, verdadeiramente, experimentado a graça salvadora de Cristo e depois quis "seu dinheiro de volta".
Jesus Cristo não é um limão. A salvação que Ele comprou é garantida para sempre, e a garantia dessa salvação está assinada com Seu próprio sangue. Deus determinou os termos da transação na Bíblia e declarou que eles nunca mudarão. Então, para tornar essa transação a mais estupenda pechincha já anunciada, Deus gratuitamente a oferece a todos que a recebem pela fé!!! Não existem truques, nem letras miúdas no contrato, com o propósito de enganar os incautos.
Outra coisa interessante sobre a natureza humana é nossa disposição de contar aos outros sobre a pechincha. Bons negócios e satisfação com um produto, normalmente, nos levam a contar para todos os amigos e conhecidos para que eles também possam aproveitar a oportunidade. Essa é precisamente a força motivadora que está por trás da mensagem do evangelho. O Espírito Santo leva os "clientes satisfeitos" a contar às outras pessoas sobre o que Jesus Cristo fez por eles, e eles, alegremente, passam adiante a recomendação.
Não é muito mais provável que procuremos comprar certo produto quando alguém nos dá boas referências sobre como ele funciona bem? Sem dúvida! É por isso que nosso testemunho ativo pelo Senhor é tão importante. Quando permitimos que as outras pessoas saibam sobre Ele, e as maravilhosas bênçãos que Ele nos concede — o mais provável é que algumas dessas pessoas ouvirão aquilo que temos a dizer.
Em um sentido, vir a Jesus Cristo pela fé é muito similar a comprar um computador pela primeira vez! Aqueles que já aprenderam a usar o computador, eficientemente, dizem às outras pessoas sobre aquilo que pode ser realizado com ele, mas há uma relutância inicial para dar o mergulho — especialmente por parte daqueles de nós que são mais velhos. Todos aqueles termos técnicos, como bits, megabytes, gigabytes, discos rígidos, gravadores de CDROM, e outros, têm pouco ou nenhum significado para os não-iniciados, e a maioria fica assustada com essas coisas! Então, somente quando essas pessoas tomam a coragem de molhar os pés na água e dar os primeiros passos na parte rasa da piscina, pode o processo de aprender a usar a besta fazer algum avanço. Mas uma vez que esse passo inicial de fé seja dado, pegamos o mouse, digitamos no teclado, cometemos alguns erros, aprendemos o que funciona e o que não fazer na próxima vez! E isto é essencialmente o mesmo o que acontece no relacionamento com Jesus Cristo. Sempre há uma relutância inicial e compreensível para entrar em algo desconhecido — independente de quão maravilhoso os outros digam que é. Informações excessivas de natureza técnica, logo de início, somente servem para confundir e dificultar o progresso. É por isto que Deus quis que a mensagem do Evangelho fosse tão simples! O que poderia ser mais simples do que a mensagem de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras; que foi visto por Pedro e pelos outros apóstolos e por um grupo de mais de 500 discípulos naquele tempo?
"Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze. Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também." [1 Coríntios 15:3-6]
Evangelho significa "boas novas" e, essencialmente, é isso que ele é! Jesus Cristo morreu no lugar daqueles a quem Ele salva, de modo que não cometa o erro de tentar dar um curso de teologia quando falar aos outros sobre Ele. Há um poder sobrenatural — dunamis, no grego (a palavra-raiz para "dinamite") — nesta mensagem extremamente simples, e ela sempre realiza o serviço de acordo com a boa e perfeita vontade de Deus. Tentar explicar os conceitos teológicos da propiciação, da expiação vicária, e da impossibilidade de o Filho de Deus pecar, a alguém que está espiritualmente morto, é ridículo! Apenas apresente a mensagem do evangelho e saia do caminho. Se o Espírito Santo estiver no processo de atrair aquelas pessoas ao Salvador, a única mensagem que terá algum efeito é a simples, porém sobrenatural mensagem do Evangelho. Conte a elas o que a morte, o sepultamento e a ressurreição de Cristo fez por você e confie que o Senhor suprirá o restante. Esta "fórmula de vendas", utilizando clientes satisfeitos para passar a Palavra adiante provou ser bem-sucedida incontáveis vezes nos últimos dois mil anos. Todos aqueles que procuram aprimorar essa mensagem com planos e programas são totalmente errados!
O relacionamento do homem com Deus foi interrompido e não pode ser consertado pelo próprio homem. Adão pecou intencionalmente; ele não foi enganado e deliberadamente comeu do fruto proibido. (1 Timóteo 2:14) Esse ato de rebelião, por parte de Adão, condenou toda sua descendência à morte espiritual! Portanto, desde aquele dia, todo indivíduo que nasce neste mundo está "morto em ofensas e pecados" [Efésios 2:1] e isso não pode ser revertido! Jesus Cristo é o único capaz de corrigir o problema, porque somente Ele possui as chaves da morte e do inferno (o hades):
O fato de Cristo possuir essas chaves representa Sua autoridade sobre nosso destino eterno. E não se engane sobre o seguinte fato: com referência à possibilidade de conserto (salvação), ou é do jeito Dele ou de jeito nenhum!
"Disse Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." [João 14:6]
Pr. Ron Riffe
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