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10 de mar. de 2009

LIBERDADE EM CRISTO


“Se o Filho os libertar, vocês serão de fato livres” (João 8:36). Essa foi a promessa de Jesus, de que seus seguidores usufruiriam liberdade. Mas liberdade de quê? E para quê?
Só se pode ser liberto quando se está preso ou escravizado a alguém ou a alguma coisa. Em João 8:34, Jesus diz: “Eu afirmo a vocês que quem peca é escravo do pecado.” Então, percebemos que a liberdade a que Jesus se refere está, principalmente, relacionada a ser liberto da escravização do pecado. O sacrifício de Cristo feito na cruz, torna possível o perdão dos pecados daqueles que estão, genuinamente, arrependidos. Estes, agora, seguem as pisadas de Cristo. Embora imperfeitos e falhos, não fazem do pecado uma prática. “Quem é filho de Deus não continua pecando, porque o Espírito de Deus age nele” (1 João 3: 7-9).
Por outro lado, quando se torna seguidor de Jesus a pessoa liberta-se também do medo. Muitos, antes de se tornarem cristãos genuínos, tinham medo dos mortos, de “macumba”, ficar doente, e coisas que tais. Mas agora, já não se sentem assim. Romanos 8:31 diz: “Se Deus está do nosso lado, quem nos vencerá?” e Hebreus 13:6 diz: “O Senhor é quem me ajuda, e eu não tenho medo. Que mal pode alguém me fazer?”. O nosso Deus tem controle de tudo e Ele pode direcionar ou redirecionar os acontecimentos, mesmo os ruins, para que afinal resultem em nosso benefício. Romanos 8:28 nos garante: “Pois sabemos que em todas as coisas Deus trabalha para o bem daqueles que o amam”.
Alguns porém, confundem liberdade com libertinagem. Acham que como cristãos podemos fazer absolutamente tudo e qualquer coisa que quisermos. reparem no que o apóstolo Paulo diz em 1 Coríntios 6:12: “Alguém vai dizer: ‘Eu posso fazer tudo o que quero’. Sim, mas nem tudo é bom para você. Eu poderia dizer: ‘Posso fazer qualquer coisa. Mas não deixarei que nada me escravize”. E em 1 Coríntios 10:23 ele ainda diz, sob inspiração: “Alguns dizem assim: ‘Podemos fazer o que queremos’, mas nem tudo é útil”.
Aqui entra em cena algo chamado “consciência”. Ao servirmos a Deus, temos de evitar ser escravizados à consciência de outras pessoas. Quando estamos assim escravizados, deixamos de comer algo, ou de vestir algo, ou de ir a algum lugar, e isso não porque acreditamos que aquilo em si é errado, mas sim porque a outra pessoa crê assim e impõe sua consciência a nós. É claro que muitas vezes evitamos certas coisas para não fazer outros tropeçarem (Lucas 17:2; Romanos 14:21). Mas é preciso muito equilíbrio para discernir quando passou de um cuidado para não causar tropeço para a escravização à consciência de outrem.
Nunca devemos esquecer que é a NOSSA consciência que nos deve orientar na adoração que prestamos ao Senhor. Mas que tipo de consciência?
Em Hebreus 5:14, lemos: “Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que pela prática, têm as faculdades exercitadas para discernir tanto o bem como o mal”. Perceba que ali se diz que a pessoa madura, espiritualmente, consegue distinguir qual é a coisa certa a fazer e qual não é. Como ela consegue isso? Suas “faculdades” ou consciência estão treinada ou exercitada para isso. Mas, como se treina ou exercita a consciência? O texto diz: “pela prática”,isto é, pelo uso. A pessoa treina a sua consciência com base nos princípios da Palavra de Deus, a Bíblia.
Não é preciso, no caso dessas pessoas, que haja uma regra para cada situação na vida. Nem é preciso ir perguntar a outrem o que fazer. Ela conhece os princípios bíblicos. Sua consciência treinada lhe diz se é certo ou não agir de determinado modo.
Nem todos que estão servindo ao Senhor têm o mesmo grau de treinamento de sua consciência. Talvez percebam que sua consciência é mais apurada ou mais sensível que a de outro. Não se escandalize, não tropece, não cause dissensões ou polêmica porque determinada pessoa se permite algo que você considera errado ou vice-versa. Lembre-se que nenhum de nós é o Juiz. Todo o julgamento está concentrado nas mãos de Jesus Cristo (João 5:22; Romanos 14:4). Deus diz: “Não julgo como as pessoas julgam. Elas olham para a aparência, mas eu vejo o coração” (1 Samuel 16:7).
Assim, usufrua a liberdade que seguir a Jesus dá. Sirva a Deus com alegria! Que seja a sua recompensa usufruir a amizade eterna do Pai Celestial e seu Filho, Cristo Jesus. Amém.
Pr. Benjamim Tércio de Araújo

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