Neste verão, meu marido Scott e eu tivemos um profundo interesse pelas nuvens. Recentemente vimos as mais incríveis imagens no céu. Lindas nuvens, fofinhas, brancas, parecendo algodão pelo céu, refletindo os lindos raios de sol. No pôr-do-sol, as cores são magníficas. Rosadas, amareladas, alaranjadas e azuladas. É de tirar o fôlego! Quase todas as tardes, Scott e eu andávamos ao redor da casa, apontando para o céu, maravilhados. Como crianças pequenas, identificamos nas nuvens dragões voadores e cachorrinhos usando chapéu.
Se as lindas nuvens deste verão me lembraram algo, foi pelo fato de que as nuvens se renovam todos os dias. (Eu sei. Raciocínio brilhantemente profundo, não é?) Novas formas e cores para que eu aprecie (até as acinzentadas, aparentemente sem graça). Você não gostou das nuvens de hoje? Sem problemas. Amanhã você terá um novo conjunto em oferta para escolher. Você nem precisa esperar até amanhã. Aguarde alguns minutos e o céu mudará.
Mas em meio a estas mudanças, existe uma permanência. A cada manhã o sol nasce. E a cada noite a lua brilha. Todos os dias, diversas nuvens cobrem o céu. É uma rotina, é uma certeza. Aparentemente, em meio a tanta criatividade, Deus ama a rotina. Assim como quando eu tinha 5 anos e meu pai me carregava, girando de um lado para o outro e eu gritava, “Quero fazer de novo!”, Deus ama “fazer de novo”, de novo e de novo.
Ao olhar para as nuvens, percebo: Deus não é o Deus das segundas chances. Coitados de nós se ele fosse o Deus da segunda chance! Ele é o Deus das infinitas chances! Assim como as nuvens, a graça de Deus sobre nós se renova todos os dias, todos os minutos. De formatos e cores diferentes, é claro. Mas está sempre lá, renovando-se e repetindo-se. É algo com que podemos contar.
Então se eu fizer algo de errado e disser algo impensado a meu marido (não que isso já não tenha acontecido antes, claro), me sinto mal por ter feito isso e logo faço isso de novo, e no dia seguinte, e no outro dia. Deus está aqui, me perdoa e me ajuda a crescer mais forte e mais madura, no dia seguinte, no próximo e no outro também. Talvez seja por isso que estamos aqui em vida durante um período: porque é necessária esta rotina criativa para que sejamos transformados à imagem e semelhança de Jesus.
Não sei se você se sente assim, mas diversas vezes em minha vida me culpei por algo estúpido que eu tenha feito. E sempre perguntei: Qual a medida da Graça de Deus para mim? Quando chegarei ao limite e ele dirá: “Não. Não há mais graça para Ginger. Ela não aprendeu a lição por 5,3 milhões de vezes, então chega de perdoá-la”?
Então olho para as nuvens e minha esperança é renovada. Porque enquanto as nuvens estão “fazendo de novo!”, nosso Deus nos diz: “Deixe-me fazer de novo. Aqui está minha misericórdia, graça e perdão para você, mais uma vez. E novamente, novamente e novamente.” Em poucos minutos na noite passada, vi meu dragão voador mudar para um ganso gigante. O chapéu do cachorrinho mudou para um algodão doce rosa com uma peruca do Elvis. Sorri, maravilhada com a abundante criatividade de Deus. E mais ainda, sorri com a rotina de tudo aquilo.
O autor de Lamentações de Jeremias, no Antigo Testamento, diz isto desta forma: “Todavia, lembro-me também do que pode me dar esperança: Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se a cada manhã; grande é a sua fidelidade!” (Lamentações 3.21-23).
Acho que nunca olharei para as nuvens da mesma maneira que olhava antes desta revelação. Porque elas apontam para um Deus que ama a rotina criativa, cuja fidelidade é tão certa para nós como o céu, e mais do que isso: aponta para o Deus das infinitas chances.
Fonte: Cristianismo Hoje
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