Parte 7
A Parte II, como referido anteriormente, consiste de duas seções a saber:
Seção I – formada pelos capítulos 36 e 37, contém o relato da ameaça de Rabsaqué, enviado da Assíria, bem como a carta de Senaqueribe a Ezequias e a miraculosa destruição do exército assírio. Esta seção corresponde, aproximadamente, a 2 Reis 18 e 19.
Seção II – composta pelos capítulos 38 e 39, contém o relato da doença que se abateu sobre Ezequias e a sua cura, bem como a embaixada de Melodaque-Baladã a Judá e as profecias a respeito da conquista do Reino do Sul por parte da Babilônia. Esta seção corresponde a 2 Reis 20.
A Parte III, à primeira vista, parece que está dividida em três seções de mesmo tamanho, cada uma composta de nove capítulos — (1) 40-48; (2) 49-58; (3) 58-66. O mesmo refrão — “Para os perversos, todavia, não há paz, diz o Senhor”. — conclui a seção I e II, e, quem quer que tenha feito a atual montagem em capítulos, teve o propósito de estabelecer essa divisão. Todavia, tal divisão dessa Parte III seria de acordo com a forma, e não de conformidade com os assuntos. Desta maneira, a Parte III, considerada pelos assuntos de que trata, é semelhante à Parte I, possuindo um grande número de seções, e não apenas três. Não há dúvida, entretanto, que muitos diferentes arranjos podem ser feitos, embora o que está apresentado neste trabalho, possivelmente, seja o que está mais livre de contestações. Assim, veja-se as seções da Parte III a seguir :
Seção I – corresponde ao capítulo 40, sendo uma mensagem de consolo dirigida ao povo de Deus, o qual está sofrendo uma profunda aflição — provavelmente a escravidão babilônica.
Seção II – estende-se do capítulo 41 ao 48, constituindo-se numa profecia a respeito do arrependimento do povo de Deus pelos seus pecados e concernente à escravidão na Babilônia.
Seção III – vai do capítulo 49 ao 53 e é um relato da missão de um Grande Libertador, o qual é chamado de “Servo de Jehovah”.
Seção IV – do capítulo 54 a 56:8, consistindo de promessas e exortações ao povo de Israel.
Seção V – inicia em 56:9 e vai até o final do capítulo 57. É uma advertência aos ímpios.
Seção VI – compreende aos capítulos 58 e 59, contendo instruções e advertências práticas, seguida de uma confissão e uma promessa.
Seção VII – constituída do capítulo 60, contendo a descrição das glórias da Jerusalém restaurada.
Seção VIII – contida nos capítulos 61 e 62, é um solilóquio do “Servo”, o qual promete paz e prosperidade para a Jerusalém restaurada.
Seção IX – contém apenas os seis primeiros versos do capítulo 63 e traça uma realística descrição do julgamento de Deus sobre os seus inimigos.
Seção X – vai de 63:7 até o final do capítulo 64. Trata-se de uma mensagem a Deus, da parte do povo hebreu na Babilônia, incluindo ação de graças, confissão de pecados e oração.
Seção XI – está contida no capítulo 65 e traz a resposta de Deus às orações de seu povo exilado na Babilônia.
Seção XII – é o capítulo 66 que contém solenes promessas e ameaças finais.
A maioria dos estudiosos reconhece que Isaías, como escritor, ultrapassa todos os demais profetas hebreus.
Em Isaías, podemos ver a autoria profética atingir seu ponto culminante. Parece que tudo contribui para elevá-lo a uma altura à qual nenhum outro profeta, nem antes nem depois, foi capaz de atingir como escritor. Entre eles, cada um é exaltado por alguma característica particular, ou por algum talento especial. Todavia, em Isaías, todos os talentos e todas as belezas do discurso profético são encontrados juntos, de tal maneira que essas qualidades se mesclam umas com as outras. Não é, portanto, uma única característica que o distingui, uma vez que a simetria e a perfeição permeiam o seu trabalho como um todo.
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