25 de abr. de 2008
Todas as Coisas
Romanos 8.28 — Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
Sabemos – Essa não é uma questão de especulação, de debate teológico, ou de teoria filosófica. Nós que nascemos de Deus, que conhecemos a Deus, que somos ensinados por Deus, “sabemos”. Nós sabemos pela revelação da Escritura Sagrada, pelo ensino do Espírito Santo, pela experiência da graça e da fé dada por Deus.
“Sabemos que todas as coisas” – Alguém pode dizer: 'Certamente, Paulo não queria dizer todas as coisas sem exceção'. Oh, mas ele quis. Isso é exatamente o que ele quis dizer.
Todos os seres, criados e não-criados, estão trabalhando constantemente para o bem dos eleitos de Deus. Todas as três pessoas da Trindade Santa, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, todos os anjos de Deus (bons e maus, os anjos preservados em santidade e aqueles que caíram!), e todos os homens (justos e ímpios!), todos estão executando a vontade de Deus na providência para o bem dos seus eleitos.
Todas as coisas, no tempo e na eternidade, são soberana e constantemente manipuladas pelo nosso Deus e Pai celestial para o nosso bem. Nós não temos dificuldade em ver a mão de Deus em todas as coisas boas. Nós sabemos que todas as coisas boas vêm da mão de Deus. De fato, Tiago diz que nada senão o que é bom vem do nosso Deus (Tiago 1.17). Todavia, Paulo afirma claramente que todas as coisas (tanto más como boas) são soberanamente governadas e dominadas pelo nosso Deus em sua adorável, sábia e boa providência para o bem dos pecadores escolhidos e redimidos.
Assegure-se que você entenda o ensino da Escritura Sagrada a esse respeito. Nosso santo Deus não é o autor ou a causa do pecado; mas ele é o Administrador e Governador dele (Isaías 45:7; Amós 3:6; Salmo 76:10). O pecado não é algo que toma Deus de surpresa. O pecado não é algum rival de Deus, o qual está de alguma forma fora do seu controle, ou além da esfera do seu poder e domínio como Deus. Aquele que é Deus governa tanto quando ele impede Abimeleque de pecar contra ele, como também quando ele envia Simei para amaldiçoar Davi (Gênesis 20.:6; 2 Samuel 16.10).
O pecado e a queda do nosso pai Adão, o pecado original, foi governado para o bem. Da queda de Adão veio a necessidade de um Salvador. A queda do primeiro Adão foi o caminho para a vinda do último Adão.
O pecado que habita em nós constantemente nos lembra de nossa dependência absoluta de nosso Deus e de sua graça em Cristo (Paulo - 2 Coríntios 12.9). Deus poderia facilmente erradicar o pecado de nossa natureza aqui na terra, assim como ele o fará na glória; mas enquanto estamos aqui, ele considera melhor nos deixar em nossa natureza velha e adâmica, para que ele possa nos manter sempre olhando para Cristo, a fim encontrar graça e justiça. Nossas muitas quedas nos mostram a fidelidade imutável de nosso grande Deus e nos ajudam a controlar o nosso orgulho (Salmo 37.24; Malaquias 3.6; Marcos 16.7).
Certamente, se até mesmo nossos pecados são graciosamente governados por nosso Deus para nos fazer o bem, devemos ver que todas as coisas más experimentadas na vida, assim como as boas, são governadas por ele em sua gloriosa soberania para nos fazer o bem! Todas as nossas provas e aflições terrenas, todas as nossas doenças e dores, todas as nossas tristezas e privações. Até mesmo aquelas coisas pelas quais Satanás nos tenta destruir, são graciosa, sábia e soberanamente governadas por nosso Deus para o nosso bem. Nós podemos, portanto, falar do demônio do inferno como José falou dos seus irmãos. O que ele intentou para o mal, Deus intentou para o bem; e o bem será realizado (Gênesis 50:20).
Don Fortner
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