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18 de mai. de 2008

A árvore mais verde


Viajando por terra, fiquei admirando a paisagem: um açude, rochas enormes, depois uma extensa plantação, ao longe uma cadeia de serras, e assim por diante, num verdadeiro filme que vai passando aos seus olhos.
De repente algo que me chamou a atenção: no meio de uma vegetação de porte médio, ali estava uma árvore extremamente verde, de tonalidade diferente das outras e com uma coloração fortíssima.Ela praticamente brilhava no meio das outras.
E pensei nas palavras do Senhor Jesus: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte, nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai que estás nos céus”. (Mt 5.14-16).
Ótimo. Nós, crentes, somos diferentes, fomos feitos luz. Mas, teremos alguma utilidade especial por isto? Sim. Como uma cidade situada no alto de um monte, também deveremos estar expostos. Não tem sentido acender-se uma lamparina e colocá-la debaixo de uma panela, mas num lugar elevado da casa.
Os crentes devem ter atuação visível, ficar expostos e devidamente entrosados no meio em que vivem. É como a nossa árvore: de que adiantaria ser tão bonita de estivesse dentro de uma gruta? Ninguém iria admirá-la!
Mas, pensando bem, para que brilhar a nossa luz diante dos homens? Para nos tornamos famosos e alvos de grande popularidade? Para sermos elogiados pelos outros? Não. É para que vejam as nossas boas obras e glorifiquem ao nosso Pai que está nos céus.
Interessante – e trágico – é que se alguém se diz crente e vive em descompasso com o Evangelho, chamará a atenção do mesmo jeito, só que de maneira oposta. É como se aquela árvore, ao invés de linda, fosse horrível, seca e disforme. Continuaria sendo um forte contraste entre as outras, porém, não para ser admirada, mas desprezada.
Que bom seria se cada vez que alguém nos visse em ação, tivesse o mesmo impacto que eu senti, quando vi aquela árvore brilhando por ser mais verde que as outras.
Mauro Clark

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