2 de mai. de 2008
Pastoral de maio
O DEUS DOS CRISTÃOS
A qualidade de vida cristã está diretamente relacionada àquilo que cremos a respeito de Deus. Todas as nossas atitudes, relações, comportamentos e valores, bem como toda a nossa compreensão do mundo e das pessoas, dependem do que Deus significa para nós. Neste sentido, precisamos estar atentos para não crermos num Deus criado a partir da nossa própria experiência. Ele não é fruto da nossa criação! Embora seja importante ter uma experiência com Deus, tal experiência não serve de base para conceituarmos a pessoa de Deus. Por que não? Porque nossas experiências diferem umas das outras. Nossas experiências são absolutamente individuais e subjetivas. Desta maneira, a melhor referência para conhecermos um pouquinho a respeito de Deus é a Bíblia, porque ela nos fala do que o próprio Deus revelou acerca de si mesmo.
A revelação que Deus faz dele próprio na Escritura está associada aos eventos da história. É algo concreto, objetivo, externo a nós mesmos. Ou seja, à medida que o povo de Deus ia tendo necessidades, o Senhor ia se revelando, posto que Sua revelação sempre teve propósitos redentores. Deus jamais fez revelações de Si mesmo apenas para matar a curiosidade humana.
A oração de Ezequias, registrada em Isaías 37:14-35, é rica em conceitos sobre Deus, porque Ezequias sabia como Deus havia se revelado na história de Seu povo.
Assim, descobrimos que Deus é acessível (v.14-15) – O templo era a manifestação material da presença de Deus. Ezequias foi, portanto, ao templo e orou ao Senhor. E Deus ouviu aquela oração. Este é o Deus dos cristãos! Um Deus presente, acessível e que ouve as nossas petições. Não um deus qualquer, que não ouve nem vê.
Deus é também grandioso e soberano (v.16) – Se Senaqueribe era um poderoso general de um forte exército, Deus é o “Senhor dos exércitos”, os quais estão sob Seu domínio. Ezequias reconhecia que todo poder era concedido por Deus. Ele é o Senhor de tudo e de todos. Ele é o Deus soberano, majestoso, Senhor de todas as coisas visíveis e invisíveis. Ele é um Deus presente.
Deus é, ainda, Único e Verdadeiro (v.16-20) – Ezequias faz uma verdadeira declaração de fé, contrastando com os deuses pagãos, que têm olhos, mas não vêem, têm boca, mas não falam, têm pés, mas não andam. Confessar Deus como Único e Verdadeiro é excluir qualquer possibilidade de idolatria. Deus é exclusivo. Não há outra possibilidade além dEle. Se o homem O exclui da sua vida, depara-se com o caos de si mesmo e passa a ser escravo de poderes que o alienam ainda mais. Confiar em Deus é crer na verdade, é ter a verdadeira vida.
Além disso, o nosso Deus responde às nossas orações (v.21-23 e 30-32) – Após a oração de Ezequias, Deus mandou a Sua resposta através do profeta Isaías, dizendo que Jerusalém poderia menear a cabeça em desdém porque a força de Senaqueribe não era nada diante do poder do Senhor. Senaqueribe não sabia com quem estava lidando. Não era um deus qualquer, fraco e inexistente. Não! Esse era o Deus verdadeiro, o “Santo de Israel”, aquele que responde à oração segundo a Sua soberana vontade.
Deus é também aquele que está no controle de tudo (v.24-29) – Uma mensagem central desta passagem é que Deus tem o controle de todas as coisas. Ele é o Senhor da História. Senaqueribe foi, na verdade, instrumento de Deus para a eliminação de cultos pagãos (v.26). Deus pode usar uma pessoa, mesmo que ela não saiba, pois Ele conhece cada passo da nossa vida (v.28). Apesar das catástrofes mundiais Ele não perde o controle.
O nosso Deus é, sobretudo, um Deus que nos protege (33-35) – Da mesma forma como Deus é poderoso para usar alguém para Seus propósitos, mesmo não sendo um servo seu, Ele é poderoso para guardar os Seus filhos. A cidade não seria invadida, porque Deus disse que a defenderia e a livraria (v.35).
É nesse Deus Único e Verdadeiro que nós, os cristãos de todos os tempos, confiamos, porque Ele é um Deus que cumpre as promessas que faz.
No amor de Cristo, Rev. Pedro Corrêa Cabral
0 comentários:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário!