16 de fev. de 2009
LAODISEMPRE
Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo (Ap 3.20)
Laodicéia não foi, Laodicéia não será, Laodicéia é, e é sempre. Sempre existem pessoas-laodicéia, gente que se acha poderosa, rica, bela, visionária e que não percebe seus próprios limites. Sempre há também as instituições-laodicéia, organizações cheias e si mesmas, ensoberbadas, religiosas, idólatras e idolatrantes. Normalmente a segunda está cheia da primeira. Triste quadro o de ser chamado de pobre, cego e nu. Mas triste ainda é não ver sua intima e pessoal pobreza, cegueira e nudez.
A igreja que estava em Laodicéia refletia apenas o seu meio social, nada mais que isso, pois aquela era uma cidade poderosa, situada no vale do rio Lico, na Ásia menor. Sua economia era volumosa e se mantinha principalmente pela produção de tecido negro decorrente dos rebanhos de ovelhas que ali eram criados. Os habitantes de Laodicéia orgulhavam-se de ser de onde eram. Ser natural de Laodicéia era estar perto de grandes operações financeiras, era estar junto à nobreza.
Portanto ser Laudicéia, seja pessoa ou instituição, é apenas ser igual, sistematizar-se, querer o que este século quer: fama, dinheiro, aplausos, números, resultados, mais números, uma imagem reconhecida entre a multidão. Coisinhas assim tão de hoje, tão de sempre.
Quando olhamos para Jesus e Seu Reino e descobrimos que para Ele o menor no Reino de Deus é maior que o maior homem nascido de mulher que a Terra conheceu, fica a certeza de que Laodicéia é antônimo de Reino de Deus. Ser Igreja de Jesus não afina nunca com jeito laudicesco de viver e ver. Aliás, Laudicéia é cega e cegante, não enxerga pessoas e nem valores.
Nada mais me resta a comentar nestas linhas, prefiro deixar soar a voz do Mestre, revelando sua graça e amor em exortar Laodicéia. Ele admoesta e ama até quem lhe causa nojo.
Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. (Ap 4.18 e 19)
Saúde e Paz
Fabio Teixeira
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